Marco Chagall
- Processo típico da pintura futurista;
- caracteriza-se por sobreposições dinâmicas;
- aplicou-se à poesia do Modernismo;
- o poema "Chuva Oblíqua", de Fernando Pessoa, é talvez o exemplo mais significativo deste novo processo.
Bibliografia:
26/10/2007
Interseccionismo
18/10/2007
A aranha do meu destino
A aranha do meu destino
Faz teias de eu não pensar.
Não soube o que era em menino,
Sou adulto sem o achar.
É que a teia, de espalhada
Apanhou-me o querer ir...
Sou uma vida baloiçada
Na consciência de existir.
A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro...
Sou presa do meu suporte.
Faz teias de eu não pensar.
Não soube o que era em menino,
Sou adulto sem o achar.
É que a teia, de espalhada
Apanhou-me o querer ir...
Sou uma vida baloiçada
Na consciência de existir.
A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro...
Sou presa do meu suporte.
Fernando Pessoa
Colocámos este poema, uma vez que tem por base uma temática semelhante ao nome do nosso blog.
Existencialismo
- Temática frequente nos poemas de Fernando Pessoa;
- corrente filosófica e literária;
- destaca a liberdade individual, a responsabilidade e a subjectividade do ser humano;
- considera cada homem como um ser único que é mestre dos seus actos e do seu destino;
- segundo Jean-Paul Sartre "A existência precede a essência.", ou seja, o homem existe sem ser definido a priori.
Ah! A angústia, a raiva vil, o desespero
De não poder confessar
Num tom de grito, num último grito austero
Meu coração a sangrar!
Fá-lo, e as palavras que digo são um som
Sofro, e sou eu.
Ah! Fúria de a dor nem ter sorte em gritar,
De o grito não ter
Alcance maior que o silêncio, que volta, do ar
Na noite sem ser!
Fernando Pessoa
Bibliografia:
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Existencialismo
- 2005, Obras Completas de Fernando Pessoa Volume I, Espanha, RBA
10/10/2007
Músicas
Introduzimos as músicas "Eu Sou Assim" de Pedro Khima e "Vou Além" de António Variações, já que espelham as incertezas de Fernando Pessoa quanto à sua identidade.
Acrescentámos a música "Apontamento" interpretada por Margarida Pinto, uma vez que se baseia no poema homónimo de Fernando Pessoa.
Incertezas
Tento ser Pessoa,
Mas ser Pessoa é ser eu
E quando tento ser eu,
Um novo mundo nasce e outro voa.
Ao olhar os meus olhos através de um espelho
Eu não sei se será a minha alma que vejo
Pois nem a entendo.
Será que tudo é só um sonho?
Construo, o que acho, espelhos distorcidos
Ou talvez sejam eles que me constroem,
Talvez os meus olhos estejam embaciados,
Talvez nem exista!
Rafael Mamede Nº28
Trancas do Infinito
Sou quem sou,
Nunca quem quis ser.
Mergulho num mar de incertezas
Em busca das respostas a cada pergunta,
Quem sou eu?
Mas que importa...
Nunca serei quem a minha alma escolheu
Tendo para sempre a felicidade
Trancada para lá de uma porta.
Rui Ribeiro Nº33
09/10/2007
Quem sou?
Quem sou?
Eu ou o outro?...
Não sei bem!
Serei alguém?
Onde estou?
Aqui e ali.
Para onde vou?
Não sei...
Só sei que parti!
Eu ou o outro?...
Não sei bem!
Serei alguém?
Onde estou?
Aqui e ali.
Para onde vou?
Não sei...
Só sei que parti!
Raquel Pardal Nº29
Aranhas??
Minha vida é uma teia
Tecida por várias aranhas,
Com muita coisa para contar,
Aparecem em todas as entranhas.
Escondidas, lá vão aparecendo
Sem ninguém as ver...
Mas elas vão tecendo
Até que acabam por morrer!
A sua marca fica tecida,
Apesar da sua morte.
Mas todos nós nos vamos lembrar,
De que foi o "Fernandote".
Tecida por várias aranhas,
Com muita coisa para contar,
Aparecem em todas as entranhas.
Escondidas, lá vão aparecendo
Sem ninguém as ver...
Mas elas vão tecendo
Até que acabam por morrer!
A sua marca fica tecida,
Apesar da sua morte.
Mas todos nós nos vamos lembrar,
De que foi o "Fernandote".
David Pardal Nº14
08/10/2007
Sou alguém
Sou o eu e o outro.
Sou o tudo e o nada.
Sou uma borboleta.
Não! Sou alguém.
Quem? Não sei.
Nas minhas asas, minha alma procura
O eu que não fui, o outro que não sou.
Para longe voo.
Longe de mim, do outro, de ninguém.
Sou o tudo e o nada.
Sou uma borboleta.
Não! Sou alguém.
Quem? Não sei.
Nas minhas asas, minha alma procura
O eu que não fui, o outro que não sou.
Para longe voo.
Longe de mim, do outro, de ninguém.
Ana Nunes Nº3
04/10/2007
Camões vs Pessoa
Decidimos colocar este "post", uma vez que o considerámos bastante interessante, tendo em conta que na disciplina de Português estão a ser leccionados poemas de Fernando Pessoa Ortónimo e, posteriormente, será confrontada a Mensagem de Fernando Pessoa com Os Lusíadas de Camões.
03/10/2007
Modernismo
- Surgiu no início do Século XX;
- Caracteriza-se por um conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que apesar de convergirem nalguns pontos, diferenciam-se e sendo alguns mesmo antagónicos;
- Pretendia afastar as formas convencionais das artes plásticas, literatura e design, pondo em prática uma nova cultura baseada na permanência e eminência da realidade do século XX.
Pobre velha música!
Não sei por que agrado,
Enche-se de lágrimas
Meu olhar parado.
Recordo outro ouvir-te,
Não sei se te ouvi
Nessa minha infância
Que me lembra em ti.
Com que ânsia tão raiva
Quero aquele outrora!
E eu era feliz? Não sei:
Fui-o outrora agora.
De: Fernando Pessoa
Os posts a seguir apresentados são uma síntese de alguns movimentos modernistas.
Bibliografia:
Sensacionismo
- Cesário Verde foi o percursor inconsciente do Sensacionismo;
- Fundou-o Alberto Caeiro;
- Tornou-o neoclássico o Dr. Ricardo Reis;
- Moderniza-o o estranho e intenso poeta Álvaro de Campos;
- Estes três poetas foram uma só pessoa: "Fernando Pessoa", mas marcaram toda uma época literária.
- Todo o objecto é uma sensação nossa;
- Toda a arte é a conversão duma sensação em objecto;
- Toda a arte é a conversão duma sensação numa outra sensação.
Almada Negreiros
Bibliografia:
- Algures na Internet
Rui Ribeiro nº33
Cubismo
- Movimento estético que ocorreu entre 1907 e 1914;
- Pablo Picasso e Georges Braque foram os principais impulsionadores desta corrente;
- Interpretava as formas da natureza sem qualquer fidelidade perante a aparência real das coisas;
- Divide-se em duas correntes: o Analítico e o Sintético
Características:
- Geometrização das formas e volumes;
- Renúncia à perspectiva;
- Representação do volume colorido sobre superfícies planas;
- Sensação de pintura escultórica;
- Cores austeras.
Cubismo Analítico:
- Caracterizava-se pela fragmentação da obra.
Guernica, Pablo Picasso
Cubismo Sintético:
- Tentou tornar as figuras novamente reconhecíveis.
Le Jour, Georges Braque
Bibliografia:
Ana Nunes nº3
Expressionismo
- Arte do instinto;
- Pintura dramática e subjectiva;
- Expressa sentimentos humanos;
- Dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana e à prostituição através de cores irreais.
Características:
- Pesquisa no domínio psicológico;
- Cores resplandecentes e vibrantes;
- Dinamismo improvisado e inesperado;
- Técnica violenta;
- Preferência pelo patético, trágico e sombrio.
A morte no quarto da doente, Munch
A casa de Vicent em Arles, Van Gogh
Bibliografia:
Raquel Pardal nº29
Surrealismo
- Criado em 1924 pelo poeta e psiquiatra francês André Brenton, através da publicação do Manisfesto Surrealista;
- Em 1929, os surrealistas publicam um segundo manifesto e editam a revista “A Revolução Socialista”.
Características:
- Combinação do representativo, do abstrato, e do psicológico;
- Deve-se libertar das exigências da lógica e da razão e ultrapassar da consciência quotidiana;
- Expressa o inconsciente e os sonhos;
- Usa recursos como o humor, o sonho e a contra lógica, de modo a libertar o homem das existências utilitárias.
Artes Plásticas:
- Através da tela e das tintas, os artistas plásticos colocavam as suas emoções, o seu inconsciente e representavam o mundo concreto.
Literatura:
- As poesias e textos são marcados pela livre associação de ideias, frases montadas com palavras recortadas de revistas e jornais e muitas imagens e ideias do inconsciente.
Salvador Dali
René Magritte. Collective Invention. 1934
Bibliografia:
David Pardal nº14
Abstraccionismo
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Abstraccionismo Lírico:
Wassily Kandinsky
Abstraccionismo Geométrico:
Franz Marc
Rafael Mamede nº28
•
•
- •Surgiu no século XX;
- •Não representa objectos da nossa realidade concreta;
- •Caracteriza-se pelas relações formais entre cores, linhas e superfícies para compor a realidade da obra;
- Divide-se em duas correntes: o Abstraccionismo Lírico e o Abstraccionismo Gemétrico.
Abstraccionismo Lírico:
- •Pretende igualar ou mesmo superar a música, transformando manchas de cor e linhas em ideias e simbolismos subjectivos;
- •Inspirava-se no instinto, no inconsciente e na intuição para construir uma arte imaginária ligada a uma "necessidade interior";
- •O jogo de formas orgânicas, as cores vibrantes e a linha de contorno eram bem patentes.
Abstraccionismo Geométrico:
- Foca-se na racionalização que depende da análise intelectual e científica.
Franz Marc
Bibliografia:
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_abstrata
- http://www.historiadaarte.com.br/abstracionismo.html
Rafael Mamede nº28
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